Sobre o bilingüismo e os Surdos.
O Brasil, quanto ao sistema de educação bilíngüe, na maioria
dos países, acredita que o campo da educação bilíngüe sempre foi um campo de
batalhas ideológicas. Por um lado existem pessoas que apenas aceitam a educação
bilingue como “mal necessário” – e fazem de “bilingue” um termo quase
pejorativo. Por outro lado existem pessoas que vêem a educação bilíngüe como
uma ferramenta para cultivar pluralismo, o respeito às diferenças, a
auto-estima de grupos minoritários e o conhecimento cultural e lingüístico
essenciais para uma sociedade globalizada.
Minha opinião
A educação bilíngüe é uma opção muito desejável para a
educação das crianças surdas, embora a maior parte das escolas encontrem
enormes dificuldades para iniciar projetos bilíngües. Os membros da comunidade
surda e os intérpretes da língua gestual portuguesa devem partilhar, de igual
modo, o controle, a administração e o ensino dos programas bilíngües para
população surda, ao lado de todos os outros intervenientes.
O projeto bilíngüe deve autorizar a livre utilização da
língua gestual portuguesa em si e por si, não apenas como instrumento
temporário para o ensino/aprendizagem da língua portuguesa, embora nunca possa
desvalorizar esta hipótese.
Esta educação bilíngüe não é uma postura fácil e nunca
poderá ser entendida apenas como uma educação de compensação para a comunidade
das pessoas surdas.
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